sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fatos e Tragédias... (Parte Dez)

Carol ONN

Eu acordei primeiro que ela. O sol já devia brilhar forte lá fora mas achei melhor não acorda-la. Observei-a um pouco e sorri, ela era linda ate dormindo.
Fui no banheiro, fiz minha higiene e desci. Domingo é dia de folga da nossa empregada, então lá fui eu preparar o café da manha.


Preparei uma mesa linda e deixei perto da piscina. Depois subi até o quarto, ela ainda não tinha acordado. Primeiro abri as cortinas deixando o sol entrar pelo quarto. Ela se remexeu na cama com a claridade nos seus olhos. Me sentei na beira da cama e fiquei observando ela acordar. Quando ela acordou olhou pra mim e sorriu, mas acho que se lembrou da noite passada e seu sorriso se desfez, tinha um olhar meio triste agora.
Eu acariciei seu rosto e ela fechou os olhos. Selei nossos lábios.

Carol: bom dia minha linda.

Sabrina: bom dia.

Carol: dormiu bem?

Sabrina: sim...me desculpa?

Carol: pelo que?

Sabrina: por ontem, aquele meu surto, eu não sei o que deu em mim =/

Ela abaixou a cabeça e eu sorri. Coloquei a mão no seu queixo e ergui seu rosto, fazendo com que ela me encarasse.

Carol: eu te amo, você é tudo pra mim. é o que eu quero que você saiba. O resto deixa pra lá.

Então agente se beijou. O beijo dela é tão maravilhoso...Acho que já disse isso varias vezes né? Mas não me canso de repetir.

Carol: preparei um café da manha na piscina pra gente.

Sabrina: a meu amor, eu não mereço isso tudo.

Carol: xiu! Anda rápido aí que eu estou de esperando na escada.


Uns cinco minutos depois ela apareceu. Fomos pra piscina de mãos dadas. Ela achou tudo lindo. Nos sentamos e comemos num clima super romântico, com direito a frutinha na boca e tudo mais.
Depois do café, eu arrumei aquela bagunça toda que agente tinha feito. Olhei as horas, eram 10:30.
Sabrina me chamou pra ir ao shopping, agente tinha que comprar algumas coisas que estavam faltando.
Tomamos banho juntas, nos arrumamos e fomos. Chegamos lá e rodamos todas as lojas que puderem pensar. Compramos muitas coisas, e depois fomos pra praça de alimentação. Já era quase duas horas da tarde, eu não tinha muita fome, mas Sabrina já estava faminta.
Fomos comer no Mc Donald's. Refrigerante, batatinha, hambúrguer, sorvete...Tudo completo.
Depois disso fomos embora pra casa. Quando cheguei lá tinha alguém parada na porta, era uma mulher, loira...e parecia, chorar. Nós descemos do carro, e a medida que fomos nos aproximando vimos que era a Paula.


Carol: oi Paula, o que aconteceu?

Paula: Aconteceu uma coisa horrível.

Carol: o que foi? Fala logo.

Paula: a Julia sofreu um acidente.

Carol: Acidente? Quando? Como?

Paula: ela foi me levar em casa. Ela tava bêbada, eu disse pra ela não ir embora, ficar lá comigo. Mas ela teimou e foi. Hoje de manha a mãe dela me ligou chorando, disse que ela sofreu um acidente e está no hospital em coma.


Então a Paula desabou em lagrimas. Eu não sabia o que fazer. Sabrina gentilmente abraçou-a. Ela ficou lá chorando. Eu não sabia o que fazer. A minha amiga, melhor amiga. Eu também estava desesperada.

Carol: em qual hospital ela está?

Paula: o do centro.

Carol: vamos pra lá.


Nós tres entramos no carro e fomos. Chegando lá vi a mãe dela. Abracei-a com força.

Carol: vai dar tudo certo.

Ela não respondeu, apenas fez um aceno com a cabeça. A Paula queria de toda a forma ver ela, e o doutor permitiu. Eu me sentei com a minha princesa na sala de espera, ela encostou sua cabeça no meu ombro.
Eu estava preocupada, muito preocupada e ela sabia disso, então ela segurou firme na minha mão e me olhou nos olhos.

Sabrina: vai dar tudo certo.

Eu apenas dei um pequeno sorriso e selei seus lábios. Voltamos a posição que estávamos antes.
Passamos algumas horas no hospital. Já estava tarde, eu estava cansada, minha princesa também. Nós tínhamos visto a Julia. Era horrível ver a minha amiga ali, deitada, sem reação alguma, cheia de fios passando pelo seu corpo...
Conseguimos arrastar Paula conosco. Ela precisava tomar um banho, dormir, sei lá! Ela estava muito nervosa.
Quando chegamos lá arrumei o quarto de hospedes e emprestei uma roupa a ela. Sabrina preparou um chá, e eu coloquei um calmante nele, senão ela não dormiria. Não demorou e ela apagou.
Ajeitamos ela na cama, e descemos de novo. Já era 19:30, minha princesa se queixou de fome.

Carol: o que você quer comer meu amor?

Sabrina: quero pizza.

Eu não estava com muita fome, então pedi uma pizza menor. Comemos e eu guardei o pedaço que sobrou na geladeira, caso a Paula quisesse comer depois.
Meu amor subiu disse que ia tomar um banho e dormir. Eu fui com ela e fiquei deitada na cama fazendo carinho no seu cabelo até ela dormir. Eu não tinha o minimo sono. Sabia que eu precisava dormir, já que eu tenho trabalho amanha,e provavelmente vou precisar fica o dia inteiro já que a Julia não ia estar lá.
Mas mesmo assim fiquei em frente a TV assistindo varias coisas. Quando deu meia noite resolvi dormir. Tomei um calmante e cai na cama, não demorei dois segundos pra pegar no sono.

Quando acordei e desci o cafe da manha estava pronto como sempre. Rosa já não estava mais lá. Comi tranquila já que havia acordado mais cedo. Então percebi um bilhete, era da Paula.
Ela agradecia por ontem, e disse que tinha ido ao hospital ver a Julia. Senti pena dela, ela parecia realmente gostar daquela destrambelhada.
Bom, eu escrevi um bilhete pra minha princesa me desculpando e falando que provavelmente teria de trabalhar ate tarde hoje.
Terminei meu café e sai. 
Entrar na empresa e não ver a Julia lá é difícil. Mandei chamar Nícolas e minha irmã, hoje iria precisar de bastante ajuda!
Passei algumas instruções a eles, hoje eles trabalhariam comigo. Fui na sala da Julia e peguei vários papeis, coisas que eu precisaria.
Eu tava desanimada. Minha melhor amiga em coma, minha mulher gravida sozinha em casa. Minha vontade era declarar umas ferias coletivas e ir pra casa, mas não posso me dar a esse luxo.
Trabalhei ate 12:00. Eu ia sair pra almoçar rápido e ir embora, então enquanto juntava as minhas coisas pra sair bateram na porta da minha sala. Deve ser o Lucas.

Carol: pode entrar

Sabrina: oi mozinho.

Carol: amor? 

Sabrina: não, a rainha da Inglaterra.

Carol: ¬¬ . Porque você ta aqui?

Sabrina: horas, se você não pode passar a tarde em casa comigo, eu passo a tarde no trabalho com você.

Carol: meu amor não precisa, você tem que descansar.

Sabrina: mas eu vou, vou ficar aqui nessa poltrona super confortável do seu lado te ajudando em tudo o que precisar.

Carol: você é perfeita sabia?

Sabrina: aos seus olhos meu amor.


Cheguei perto dela e nos beijamos. Ficamos um tempo nos beijando até que bateram na porta de novo.

Carol: quem é?

Lucas: é o Lucas.

Carol: pode entrar.

Lucas: olá Carol, Olá Sabrina.

Sabrina: oi querido.

Lucas: vocês ainda vão precisar de mim?

Carol: não Lucas, obrigada, pode ir almoçar.

Lucas: obrigado.

Sabrina: nós também podíamos ir, estou morrendo de fome.

Carol: rsrs claro minha princesa, vamos lá.


Saímos de lá de mãos dadas. Um restaurante novo tinha aberto na rua do escritório. Sugeri que almoçássemos lá, e ela aceitou.
Ao chegarmos fomos muito bem tratadas. Um garçom gentil nos conduziu ate uma mesa e logo trouxe o cardápio.

Garçom: então , o que vão querer?

Carol: eu quero um filé de frango a parmegiana.

Garçom: e a sua amiga?


Nesse momento eu o encarei, e Sabrina também.


Carol: o que a minha ESPOSA pedir, você pode perguntar a ela.

Garçom: esposa? Mas eu pensei que...

Carol: você não é pago pra pensar, mas sim pra fazer. Tá pensando que só porque ela está gravida nós não podemos estar juntas? Chama o gerente pra mim por favor.

Garçom: desculpem-me


Ele saiu super sem graça e foi chamar o gerente. Sabrina achou um exagero, mas eu não. Aquilo pra mim era preconceito sim, e eu não ia deixar passar barato.
Quando o gerente voltou, fiz uma queixa formal do funcionário. Como desculpas, ele disse que nosso almoço sairia grátis. E obviamente trocamos de garçom.
Tirando esse primeiro fato, o nosso almoço foi ótimo.
Voltamos juntas pro escritório. Ela arrastou a poltrona pra perto de mim, e até me ajudou em muitas coisas viu.
Por volta das 18:00 nós saímos da empresa, passamos no hospital pra dar uma força. O medico disse que apesar de ainda estar em coma, o quadro dela estava estável, e ela poderia acordar do coma a qualquer minuto.
Dessa vez a Paula foi pra casa dela mesmo, e a mãe dela também foi. Aquela noite quando chegamos Rosa tinha preparado o nosso jantar. Comemos na sala mesmo vendo TV, como não fazíamos a muito tempo.
Depois tomamos banho juntas e dormimos agarradinhas como todos os dias.

E os dias foram se passando, na verdade se passou um mês....

Nenhum comentário:

Postar um comentário