segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Chegou o dia

Carol ONN

E um mês se passou. A Julia apresentava melhoras, mas ainda não tinha saído do coma. Paula mau comia, assim como a mãe da Julia. Eu estava triste mas tinha que tocas minha vida.
Era dia 18-09. Eu estava muito nervosa e muito ansiosa. Vocês não sabem porque?
No dia 19-09 era o dia que o medico iria induzir o parto, e nossas bebezinhas iriam nascer *-----*
Nós duas estávamos radiantes, não tinha como estar diferente naquele momento. Era uma sexta feira. Era por volta das 19:00 horas, o parto estava marcado para as 11:00 da manha. Chegaríamos no hospital as 10:00.
Eu e a minha princesa estávamos no nosso quarto, arrumando as ultimas coisas pra ir pro hospital.
Com tudo pronto, nós nos deitamos na cama, ela deitada sobre meu peito e eu a abraçando com carinho.

Sabrina: como será que elas vão ser amor? Será que vão nascer muito pequenas? Vão ficar muito tempo no hospital? Vão se parecer mais comigo ou com você? Será que elas vão nascer saudáveis? Será que...

Interrompi-a com um longo celinho.

Carol: o que importa é que elas vão nascer saudáveis, e vai dar tudo certo.

Sabrina: eu to tão ansiosa.

Carol: eu também meu amor, mas agora o que você pode fazer é relaxar.

Sabrina: amor, você vai querer assistir o parto?

Carol: amor, querer eu até quero, mas não sei se vou ter coragem.

Sabrina: kkk desconfiei.

Carol: sua mãe não vai querer entrar com você?

Sabrina: ...não.


A historia da Sabrina com os pais é meio complexa. Quando agente se conheceu, ela morava com uma tia. Os pais dela moravam no interior. Ela tinha saído de lá brigada com eles, por isso ela nunca mencionava nenhum dos dois.
Depois que agente já namorava a algum tempo, ela veio a me contar a historia dos pais dela, e foi então que a mãe dela a procurou. Ela disse que tinha se separado do pai dela, que os dois não davam mais certo e que veio atraz da filha pra fazer as pazes.
A Sabrina como é muito cabeça dura não aceitou fazer as pazes com a mão. Ela sempre ficou por perto tentando uma reaproximação.
De uns anos pra cá a Sabrina vem sedendo um pouco, falando com a mãe. Voltou a chama-la de mãe inclusive. Mas acho que ainda tem uma magoa muito grande por parte dela.
O pai reapareceu a um tempo atraz, depois que soube que ela estava casada e rica. O que ele só não esperava era que ela havia se casado com uma mulher. Acho que a sexualidade dela foi um serio motivo pra briga dessa família.
Depois disso o pai dela foi embora e nunca mais apareceu...


Carol: eu não acredito que você não contou a sua mãe sobre o nascimento das nossas filhas.

Sabrina: desculpa, eu não sei o que me deu.

Carol: meu amor, se a sua mãe errou um dia foi tentando acertar com você. Ela esta aqui do seu lado a anos tentando ter de volta a filha. Deixa de ser fechada com ela. Eu sei que você sente falta da sua mãe, como ela sente a sua. Da uma nova chance pra vocês duas vai.


Ela não disse nada, apenas se apertou em mim e senti algumas lagrimas escorrerem e molharem minhas roupa. Fiquei acariciando seus cabelos ate que ela dormiu.
Depois que ela dormiu, eu sai da cama e liguei pra mãe dela, acho que minha sogra ia ficar feliz com a noticia de que suas netas iriam nascer amanha.
E de fato ela ficou, e disse que estaria no hospital nessa hora.

Eu decidi entrar e assistir o parto, Sabrina sempre disse que a minha presença ali do lado dela seria muito importante.
No outro dia acordamos cedo, nenhuma de nós duas conseguiu ficar dormindo.
Ela tomou  um banho e eu junto com ela. Nos vestimos. Ela tinha que permanecer em jejum, então, jejuei com ela.
Chegamos no hospital na hora marcada e o medico veio conversar conosco. Então ela se preparou pra ir pra sala de cirurgia. E nada da mãe dela. Comecei a achar que ela não viria. Fizeram todos os preparativos, faltava apenas irmos pra sala, lá, enquanto os enfermeiros iriam furar a bolsa e induzir o parto, eu o medico colocaríamos aquelas roupas especiais para poder entrar.
Então quando estávamos indo, ouvi sua mãe de longe chamar o nome dela.

Sabrina: mãe?

As duas se abraçaram forte e lagrimas rolaram das duas.


Mãe: eu vou ficar aqui com você, o tempo todo.

Sabrina acenou e sorriu, e então fomos.
Tudo foi muito rápido. Pouco depois que entrei com doutor Sabrina já começou a sentir as dores do parto mais fortes. Eu me preocupei de inicio mas o doutor disse que não precisava. Eu fui ate ela e segurei sua mão.

Foi o momento mais mágico da minha vida, ver minhas filhas nascendo. Tínhamos escolhido dois nomes. A primeira que nascesse iria se chamar Karina. Vi a minha Karina nascer. Confesso que era um pouco pavoroso ver alí minha filha saindo toda suja de sangue. Logo os médicos correram pra limpa-la.
Nao demorou muito e vi nossa segunda filha nascer. Sophia!
Meu coração batia ao ritmo de uma escola de samba, meu olhos brilhavam de felicidade. Sabrina chorava e sorria pra mim. Um momento indescritível!

Um comentário:

  1. onw que lindo Perfeito *---* mto perfeito *---*
    posta mais Linda

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