quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Os Tres Meses (Parte treze)

Carol ONN

Quando eu acho que o tempo não pode correr mais ele voa... Se passaram tres meses. Eu tava trabalhando só em casa até então.
Era uma segunda feira, o dia em que a Sabrina ia voltar a trabalhar, e eu também. Dava um aperto no coração só de pensar em deixar nossas garotinhas em casa....
Eu acordei mais cedo como de costume, tomei meu banho e tal, depois acordei Sabrina
Quando desci pra tomar café, a babá estava na sala com as menins no carrinho. Cumprimentei-a e dei um beijinho na testa das minhas pequenas. 
Logo Sabrina apareceu. Deu de mama as pequenas e depois tomou café. Então fomos com um aperto no coração.
Fomos deixando nossas pequenas lá. Contratei um motorista nesse tempo. Pra baba poder levar nossas bebes pra minha esposa linda dar de mamá durante o dia.
Como de costume levei minha princesa no trabalho dela, e dessa vez subi com ela ate a sala dela. Era branca, logicamente né, tinham coisas de dentista na mesa dela e um porta retrato com uma foto de nós duas. Uma foto bem antiga, eu ri ao ver.

Sabrina: o que foi amor?

Carol: lembra dessa foto?

Sabrina: como esquecer? Nossa primeira viagem.

Carol: foi tao perfeita né.

Sabrina: com certeza

Carol: achei que você não tinha mais essa foto...

Nós ficamos conversando um tempo ate que a primeira paciente dela chegou, então eu caí na real que precisava ir antes que ficasse tarde.
Desci, peguei meu carrinho lindo e fui. Cheguei no escritório e cumprimentei todos. Quando entrei na minha sala vi Julia lá sentada na cadeira

Julia: que demora ein

Carol: tava curtindo minha princesa um pouco

Julia: vocês já se curtem todo dia

Carol: me deixa vai

Julia: ta certo. Agente nem teve muito tempo pra conversar. Vocês duas estão bem?

Carol: melhor impossível, agora com as nossas bebes então

Julia: eu tenho que ir la conhecer elas

Carol: pois é, sua madrinha desnaturada, nem pra ver suas afilhadas

Julia; você sabe que não tive tempo... Vou lá na sua casa hoje ver elas.

Carol: ta bom. Julia, eu preciso da sua ajuda

Julia: fala

Carol: então,...


Eu contei pra ela a minha ideia da casa, com vários jardins e etc e mostrei as casas que eu tinha visto.


Julia: bom, são lindas. Mas muito caras.

Carol: eu sei. Principalmente por isso que eu queria falar com você

Julia: pode dizer

Carol: eu preciso de um empréstimo... em nome da empresa

Julia: em nome da empresa?

Carol: é, o empréstimo é muito grande

Julia: você acha que nessa época agora tem como fazer esse empréstimo sem a empresa ficar no vermelho?

Carol: tem sim eu á analisei a situação. Coloquei tudo no papel, inclusive te mandei por e-mail ontem.

Julia: depois eu olho, mas se você acha que da vai fundo minha amiga



Agente se abraçou e ela saiu da minha sala. Fiquei trabalhando duro aquele dia. Tudo bem que trabalhar em casa é ótimo, mas não tem o mesmo rendimento. Eu tinha uma reunião hoje antes de ir pra casa, com os funcionários  Muita coisa tava errada ali desde que eu e a Julia tivemos de nos afastar, e já to vendo que isso vai dar muito stress.
Na hora do almoço fui buscar minha morena mas recebi a noticia que ela já tinha saído. Como assim? Liguei pro celular dela.


*Ligação*

Sabrina: oi amor

Carol: aonde você ta?

Sabrina: to num restaurante com o Rogério...

Carol: quem é Rogério

Sabrina: é o dono daquela empresa odontológica, em que nós vamos fazer parceria naquele seminário...

Carol: e não me avisa?

Sabrina: Ei, baixa seu tom de voz comigo

Carol: a claro.

Sabrina: vem almoçar com agente, você vai adorar o Rogério e...

Carol: não obrigada, pode ficar a sós com seu 'amiguinho'

*Ligação*


Sabrina ONN

Eu não acredito que a Carol desligou na minha cara. Eu liguei varias vezes mas ela não me atendeu. Que ódio!

Rogério: algum problema querida?

Sabrina: só uns problemas Rogério, nada de mais. Vamos prosseguir com a nossa conversa...


Nós terminamos o almoço e nada da Carol. Não retorna, não atende.
Quando eu voltei pra clinica minhas bebes estavam lá. Tão lindinhas *----*. Elas estão só com tres meses mas parecem maiores.
Dei de mamá, tudo bonitinho como se deve ser, depois a babá as levou embora... Maldade comigo.
Logo a primeira paciente da tarde chegou e eu esqueci um pouco da raiva que a Carol me fez, melhor assim mesmo porque ela conseguiu me tirar do sério.


Carol ONN


Bom, agora que a Sabrina já estragou meu almoço mesmo vou ir no banco tentar o empréstimo... Não foi nada difícil com o nome influente da minha empresa. Quando saí de lá vi que tinham muitas mensagens da Sabrina no meu celular, mas a minha raiva foi tanta que não fiz nem questão de retornar.
O resto da tarde foi só trabalho, não quis saber de mais nada, até na hora da reunião.

Eu saí de lá tarde, eram mais de dez horas da noite. Eu esperava que quando eu chegasse em casa Sabrina já tivesse dormindo, eu não quero discutir agora a noite. Mas pra minha surpresa quando saí da minha sala dei de cara com ela sentada na recepção, com o carrinho de bebe do seu lado, e com Karina no colo dando de mamá.


Carol: o que você ta fazendo aqui?

Sabrina: oi pra você também. To te esperando pra ir  embora

Carol: você tinha que ta em casa agora colocando nossas filhas pra dormir

Sabrina: mas elas já estão dormindo

Carol: não no berço delas

Sabrina: para com essa ignorância? Isso tudo porque eu fui almoçar com um cara que vai fazer um seminário comigo? Tudo bem que eu esqueci de avisar, mas quantas vezes você já não se esqueceu de mim quando tava horas trancada nesse escritório? E eu ainda tenho que aguentar grosseria? Não vou mesmo.


Ela se virou pro carrinho das meninas mas eu segurei o braço dela


Sabrina; o que você quer?

Carol;...me desculpa. Você tem razão, eu fui infantil, deixei o ciúme falar mais alto


Ela olhou pra mim com uma cara que eu não consegui decifrar e depois fez um sinal pra que eu soltasse o  braço dela. Eu soltei.

Sabrina: me ajuda a levar o carrinho delas


Eu fiquei calada, sabia que ela tava chateada comigo e não adiantaria falar mais nada agora. Peguei a bolsa das meninas e coloquei no ombro e fui levando o carrinho com as meninas dentro. No carro ela colocou-as nas cadeirinhas e eu guardei o carrinho.
Nós não trocamos uma sílaba até chegarmos em casa.
Em casa foi a mesma coisa, ela tirou Karina e eu tirei Sophia, levamos elas pro quarto já que estavam dormindo, a babá já estava lá.

Ela saiu do quarto das meninas primeiro e quando cheguei no nosso quarto ela já tava tomando banho. Como eu sabia que ela ia demorar e se eu esperasse ela sair pra tomar banho e depois falar com ela, ela já estaria dormindo.
Peguei meu pijama e fui tomar banho no quarto de hospedes. Quando voltei ela já estava dormindo, ou pelo menos fingia... Resolvi deixar de lado, peguei um cobertor e um travesseiro. Fui dormir no quarto de hospedes.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sonhos Se Realizam... (parte doze continuação)

Carol ONN

Eu fui correndo pro hospital, quanto mais rápido eu chegasse melhor. Quando eu cheguei, fui direto na recepção e uma moça muto simpática me disse o numero do quarto.
Fui andando mais devagar pelo corredor procurando o número, e encontrei Paula do lado de fora do quarto.


Paula: Carol! Que bom que você veio a Julia ta louca pra falar com você

Carol: eu não poderia deixar de ver minha amiga

Paula: ai que bom, pode entrar pra ver ela

Carol: ta certo


Abri a porta do quarto devagar. Ela ainda estava ligada a uns aparelhos e tal mas já tinha uma aparência bem melhor...

Carol: e aí, já ta pronta pra outra?

Julia: para com isso. Depois dessa não quero nunca mais beber na minha vida.


Ela sorriu pra mim e eu a abracei com força.


Carol: que sufoco minha amiga. Tive tanto medo de ficar sem você

Julia: eu também, sem vocês todos. Eu estava em coma mas muitas vezes eu conseguia ouvir tudo o que vocês falavam perto de mim, isso é deprimente.

Carol: mas o que importa é que você ta viva, e bem

Julia: pois e... E aí mamãe, fiquei sabendo que minhas afilhadas nasceram

Carol: nasceram a quatro dias atraz, já foram pra casa hoje *---*

Julia: elas devem ser tão lindas

Carol: São lindas demais *----* Nós duas tamos babando demais lá em casa

Julia: to doida pra sair daqui logo e ver essas duas bonequinhas. Como ficou o nome delas?

Carol: Karina e Sophia *---*

Julia: lindos nomes, você e a Sabrina tiveram muito bom gosto

Carol: obrigada...


Nós duas ficamos conversando um tempo, quando percebi já passava da hora do almoço. Me despedi dela prometendo voltar no dia seguinte, já que ela iria ficar ainda uns dias no hospital.
Fui correndo pra casa, quando cheguei encontrei Sabrina sentada no sofá com Sophia no colo, estava dando de mamá, e Karina tava deitadinha no carrinho do lado dela.
Sorri de orelha a orelha. Me sentei do lado dela e demos um selinho.

Carol: desculpa a demora amor

Sabrina: tudo bem amor. Você ta com fome?

Carol: muita

Sabrina: eu também, a comida que a Rosa fez hoje ta cheirando aqui já viu

Carol: vamos almoçar então?

Sabrina: deixa só eu terminar aqui.


Depois que ela terminou nós fomos pra cozinha. Almoçamos e depois resolvemos dar uma volta na rua com as meninas.


Carol: será que não faz mal pra ela amor?

Sabrina: faz não amor, o médico disse pra gente levar elas pra dar uns passeios, faz bem

Carol: amor, o que você acha da gente se mudar?

Sabrina: se mudar?

Carol: é amor. Agente compra uma casa maior mas que tenha um andar só, pra facilitar as coisas. Um jardim grande com uma arvore... As meninas vão gostar você não acha?

Sabrina: amor ela mal acabaram de nascer rsrsrs

Carol: mas pensa você pode levar elas pra passear no jardim todos os dias... Sim, eu quero um jardim bem grande, talvez dois jardins, ou até tres. Quando elas forem maiores elas vão adorar brincar com isso, com certeza vão.

Sabrina: eu também adoraria morar num lugar desse. Mas não é muito caro? Agente tem recursos pra isso?

Carol: não muito... Mas tenho crédito, posso pegar um empréstimo e pagar em no máximo um ano. Nesse tempo agente vende essa casa. Agente não precisa se desfazer dos móveis já que eles são novos... O que você acha?

Sabrina: eu acho ótimo, adorei essa ideia, e se você me diz que agente pode, porque não?

Carol: quando eu voltar pra empresa semana que vem eu começo a olhar isso, quando já tiver tudo mais calmo agente vai visitar as casas e eu pego o empréstimo.

Sabrina: quem diria amor, que todos os nossos sonhos iriam se realizar desse jeito

Carol: agente lutou pra isso amor

Sabrina: e seus pais?

Carol: o que tem eles?

Sabrina: não vai levar nossas filhas pra eles conhecerem?

Carol: não sei

Sabrina: Amor, você me deu um toque, mas agora é minha vez. Você em que pelo menos tentar, eles são seus pais. Se não der certo, se nada realmente mudar então agente esquece essa historia, pode ser?

Carol:...vou pensar, por você.

Sabrina: eu te amo meu amor, muito

Carol: eu também te amo muito meu amor...


Momentos Bons (Parte Doze)

Carol ONN

Depois não me deixaram vem mais. Levaram Sabrina junto com as minhas filhas lindas cheias de sangue.
Eu tirei aquela roupa toda de hospital e fui conta a minha sogra como as meninas eram.
Logo o medico me chamou pra poder ver minhas garotinhas. Quando cheguei lá foi impossível conter as lagrimas.

Medico: Você quer levar as beber pra Sabrina?

Carol: eu posso?

Medico: claro

Carol: então eu quero sim


Ele me ajudou  a arrumar as duas em meu colo. Eram tão frágeis, parecia que iam quebrar a qualquer movimento que eu dessem. Estavam quietas agora, ao contrário de quando nasceram... Elas choraram muito.
O médico abriu a porta e foi na frente seguido por mim.

Carol: olha quem veio te ver mamãe.

Sabrina deu o mais lindo sorriso que até hoje eu já vi. Ela já tinha tomado banho, e vestia uma camisola limpa. O médico ajudou ela a se sentar na cama e depois a tirar as meninas do meu colo e colocar no dela.
Eu fui ate ela e dei um beijo na testa. O médico saiu deixando nós quatro sozinhas.

Carol: elas são tão lindas

Sabrina: eu não sei nem o que falar

 Carol: eu to tão feliz meu amor, tão feliz

Sabrina: eu também amor, você não tem ideia

Carol: tenho sim. Como você esta se sentindo?

Sabrina: fora a dor, estou flutuando

Carol: eu também... O médico disse que amanha mesmo você já pode ir pra casa

Sabrina: só eu?

Carol: sim, ele disse que as bebes tem que ficar mais uns dois ou tres dias na incubadora, pra ganhar peso

Sabrina: eu não vou embora sem elas

Carol: é melhor você descansar em casa amor. Você sabe muito bem que você só vai ficar com elas pra amamentar. Eu te trago aqui nos dias que forem precisos e agente fica aqui com as nossas bebes ate elas poderem voltar pra casa

Sabrina: mas...

Carol: amor você sabe que é o melhor a se fazer não sabe?

Sabrina: ... sei

Carol: vai ficar tudo bem


Não sei se pode mas nós duas demos um selinho. Logo a enfermeira veio pra buscar nossas meninas. Minha sogrinha veio visitar, e logo começaram a chegar os amigos. Todos loucos para ver as bebes e nos dar os parabéns. Quando tudo se acalmou, era por volta das 21:00, meu amor estava visivelmente cansada.


Sabrina: você vai ficar em casa amor?

Carol: não princesa, vou ficar com você.

Sabrina: sem banho?

Carol: me chamou de fedendo?

Sabrina: kkk não amor, só to falando que você vai ter que tomar banho horas

Carol: é, acho que eu vou lá agora. Aproveito e já trago as coisas pra você amanha

Sabrina: ta certo


Fui pra casa triste por deixa-las, mesmo que por alguns minutos. Tomei banho, comi alguma coisa, arrumei as coisas pra levar e aproveitei pra ligar pra baba que contratamos. Depois de tudo acertado voltei pro hospital mas já tava tarde. Minha morena já tinha dormido, e eles não me deixaram ver minhas filhas... Só porque eu sou preta u.u
Então me restou aquela poltrona fria que era ate bem confortável. Acho que meu corpo estava ligado em alguma tomada, eu não conseguia dormir. Peguei um livro que tinha levado e fiquei lendo, enquanto por vezes observava Sabrina dormindo.
Quando finalmente fui vencida pelo cansaço já passava das duas da manha. Me ajeitei o melhor que pude e dormi...

Sabrina ONN

Uma enfermeira delicadamente me acordou trazendo minhas filhas. Era a hora em que eu ia dar de mama. Isso é bem tenso. Mas ao mesmo tempo tão maravilhoso. Aquelas coisinhas tão pequenas... Minhas filhas. Por mim ficaria o dia inteiro com elas.
Logo levaram elas embora de novo.
Quando olhei pro lado vi Carol lá toda torda na poltrona. Tadinha, deve ta toda doída. Quando eu ia chamar ela outra enfermeira entrou entregando um café da manha pra mim. Eu tava com tanta fome que esqueci que iria acorda-la u.u
Mas ela mesma acordou pouco depois que eu comecei a comer, e veio pegar minha comida... Que absurdo!

Sabrina; oxi, essa comida é pra mim?

Carol: vai me deixar com fome é?

Sabrina: vou

Carol: você é má sabia

Sabrina: sabia, e também sei que você me ama

Carol: aí é trapaça

Sabrina: trapaça nada... Mas vá,  pode comer


Nós duas comemos, logo ele disse que eu poderia ir pra casa Eu não queria ir... Mas a Carol acabou me convencendo como sempre. Eu já não sentia dor, mas o médico disse que eu tinha que ficar de repouso. Eu odeio ficar de repouso, mas fazer o que?
Eu tinha que ir no hospital quatro vezes dar de mama... Era mais fácil eu ficar aqui mesmo viu. Mas tudo bem.
Nós duas fomos pra casa, e ela me levou pra cama no colo *---* eu amo isso nela, o tempo passa mas ela nunca deixa de ser fofa e romântica comigo.
Agente ficou numa boa lá, quando dava a hora de ir pro hospital nós duas íamos juntas, e sempre que voltávamos ela me levava pro quarto no colo.
Minha vida no momento tava sendo um sonho. A unica coisa ruim era a Julia nesse estado.

Sabrina OFF

Tres dias depois...

Carol ONN

Hoje nós vamos trazer nossas filhas pra casa *---* to tao feliz. O médico disse que elas ganharam peso rápido e já podiam vir. Eu e Sabrina acordamos cedo, nos arrumamos e arrumamos o quarto das bebes pra poder recebe-las. Eu tinha mandado fazer uma especie de anexo, tinha uma porta no nosso quarto que dava direto pro quarto das meninas. Isso ia ser ótimo.
A baba foi com a gente, como a Sabrina ia vir carregando as duas já que eu to dirigindo?
Quando agente chegou no hospital nossas meninas já estavam prontas pra vir. Estavam lindas.
Fomos pra casa muito animadas, quando chegamos colocamos elas o berço. Dormiam como anjinhos.
Deixamos elas no quarto com a baba e fomos arrumar umas coisas no quarto ate meu celular tocar...

Sabrina ONN

Agente tava arrumando umas coisas no quarto até que o telefone da Carol tocou. Eu não sei direito o que era mas sei que ela sorriu enquanto a pessoa falava com ela. Quando ela desligou olhou pra mim sorrindo.

Sabrina: quem era amor?

Carol: A Paula

Sabrina: o que ela queria?

Carol: avisar que a Julia saiu do coma, e ta sem nenhuma sequela de nada *---------*

Sabrina: ow meu amor que bom.


Ela me abraçou muito forte, sorria feito uma criança. Sabe, eu já tive ciumes da Julia, mas desencanei dessa. O que tem entre ela e a Carol é um amor de irmão, porque é assim que elas se consideram. E eu entendo a felicidade dela... Também to muito feliz.

Sabrina: você vai la ver ela agora amor?

Carol: Vou... Não

Sabrina: Vai ou não?

Carol: não, eu tenho que ficar com vocês

Sabrina; oxi amor deixe disso, vá visitar sua amiga. Nós estamos bem, se acontecer alguma coisa eu te ligo.

Carol: ta bom, eu vou. Eu prometo que volto rápido

Sabrina: Não precisa correr não doida KK

Carol: U.U


Ela pegou a chave do carro e foi correndo... Literalmente correndo. Ela cresce mas não perde esse jeito de menina dela, é impressionante. E eu amo isso, amo tudo nela... Amo ela cada dia mais...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Chegou o dia

Carol ONN

E um mês se passou. A Julia apresentava melhoras, mas ainda não tinha saído do coma. Paula mau comia, assim como a mãe da Julia. Eu estava triste mas tinha que tocas minha vida.
Era dia 18-09. Eu estava muito nervosa e muito ansiosa. Vocês não sabem porque?
No dia 19-09 era o dia que o medico iria induzir o parto, e nossas bebezinhas iriam nascer *-----*
Nós duas estávamos radiantes, não tinha como estar diferente naquele momento. Era uma sexta feira. Era por volta das 19:00 horas, o parto estava marcado para as 11:00 da manha. Chegaríamos no hospital as 10:00.
Eu e a minha princesa estávamos no nosso quarto, arrumando as ultimas coisas pra ir pro hospital.
Com tudo pronto, nós nos deitamos na cama, ela deitada sobre meu peito e eu a abraçando com carinho.

Sabrina: como será que elas vão ser amor? Será que vão nascer muito pequenas? Vão ficar muito tempo no hospital? Vão se parecer mais comigo ou com você? Será que elas vão nascer saudáveis? Será que...

Interrompi-a com um longo celinho.

Carol: o que importa é que elas vão nascer saudáveis, e vai dar tudo certo.

Sabrina: eu to tão ansiosa.

Carol: eu também meu amor, mas agora o que você pode fazer é relaxar.

Sabrina: amor, você vai querer assistir o parto?

Carol: amor, querer eu até quero, mas não sei se vou ter coragem.

Sabrina: kkk desconfiei.

Carol: sua mãe não vai querer entrar com você?

Sabrina: ...não.


A historia da Sabrina com os pais é meio complexa. Quando agente se conheceu, ela morava com uma tia. Os pais dela moravam no interior. Ela tinha saído de lá brigada com eles, por isso ela nunca mencionava nenhum dos dois.
Depois que agente já namorava a algum tempo, ela veio a me contar a historia dos pais dela, e foi então que a mãe dela a procurou. Ela disse que tinha se separado do pai dela, que os dois não davam mais certo e que veio atraz da filha pra fazer as pazes.
A Sabrina como é muito cabeça dura não aceitou fazer as pazes com a mão. Ela sempre ficou por perto tentando uma reaproximação.
De uns anos pra cá a Sabrina vem sedendo um pouco, falando com a mãe. Voltou a chama-la de mãe inclusive. Mas acho que ainda tem uma magoa muito grande por parte dela.
O pai reapareceu a um tempo atraz, depois que soube que ela estava casada e rica. O que ele só não esperava era que ela havia se casado com uma mulher. Acho que a sexualidade dela foi um serio motivo pra briga dessa família.
Depois disso o pai dela foi embora e nunca mais apareceu...


Carol: eu não acredito que você não contou a sua mãe sobre o nascimento das nossas filhas.

Sabrina: desculpa, eu não sei o que me deu.

Carol: meu amor, se a sua mãe errou um dia foi tentando acertar com você. Ela esta aqui do seu lado a anos tentando ter de volta a filha. Deixa de ser fechada com ela. Eu sei que você sente falta da sua mãe, como ela sente a sua. Da uma nova chance pra vocês duas vai.


Ela não disse nada, apenas se apertou em mim e senti algumas lagrimas escorrerem e molharem minhas roupa. Fiquei acariciando seus cabelos ate que ela dormiu.
Depois que ela dormiu, eu sai da cama e liguei pra mãe dela, acho que minha sogra ia ficar feliz com a noticia de que suas netas iriam nascer amanha.
E de fato ela ficou, e disse que estaria no hospital nessa hora.

Eu decidi entrar e assistir o parto, Sabrina sempre disse que a minha presença ali do lado dela seria muito importante.
No outro dia acordamos cedo, nenhuma de nós duas conseguiu ficar dormindo.
Ela tomou  um banho e eu junto com ela. Nos vestimos. Ela tinha que permanecer em jejum, então, jejuei com ela.
Chegamos no hospital na hora marcada e o medico veio conversar conosco. Então ela se preparou pra ir pra sala de cirurgia. E nada da mãe dela. Comecei a achar que ela não viria. Fizeram todos os preparativos, faltava apenas irmos pra sala, lá, enquanto os enfermeiros iriam furar a bolsa e induzir o parto, eu o medico colocaríamos aquelas roupas especiais para poder entrar.
Então quando estávamos indo, ouvi sua mãe de longe chamar o nome dela.

Sabrina: mãe?

As duas se abraçaram forte e lagrimas rolaram das duas.


Mãe: eu vou ficar aqui com você, o tempo todo.

Sabrina acenou e sorriu, e então fomos.
Tudo foi muito rápido. Pouco depois que entrei com doutor Sabrina já começou a sentir as dores do parto mais fortes. Eu me preocupei de inicio mas o doutor disse que não precisava. Eu fui ate ela e segurei sua mão.

Foi o momento mais mágico da minha vida, ver minhas filhas nascendo. Tínhamos escolhido dois nomes. A primeira que nascesse iria se chamar Karina. Vi a minha Karina nascer. Confesso que era um pouco pavoroso ver alí minha filha saindo toda suja de sangue. Logo os médicos correram pra limpa-la.
Nao demorou muito e vi nossa segunda filha nascer. Sophia!
Meu coração batia ao ritmo de uma escola de samba, meu olhos brilhavam de felicidade. Sabrina chorava e sorria pra mim. Um momento indescritível!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Fatos e Tragédias... (Parte Dez)

Carol ONN

Eu acordei primeiro que ela. O sol já devia brilhar forte lá fora mas achei melhor não acorda-la. Observei-a um pouco e sorri, ela era linda ate dormindo.
Fui no banheiro, fiz minha higiene e desci. Domingo é dia de folga da nossa empregada, então lá fui eu preparar o café da manha.


Preparei uma mesa linda e deixei perto da piscina. Depois subi até o quarto, ela ainda não tinha acordado. Primeiro abri as cortinas deixando o sol entrar pelo quarto. Ela se remexeu na cama com a claridade nos seus olhos. Me sentei na beira da cama e fiquei observando ela acordar. Quando ela acordou olhou pra mim e sorriu, mas acho que se lembrou da noite passada e seu sorriso se desfez, tinha um olhar meio triste agora.
Eu acariciei seu rosto e ela fechou os olhos. Selei nossos lábios.

Carol: bom dia minha linda.

Sabrina: bom dia.

Carol: dormiu bem?

Sabrina: sim...me desculpa?

Carol: pelo que?

Sabrina: por ontem, aquele meu surto, eu não sei o que deu em mim =/

Ela abaixou a cabeça e eu sorri. Coloquei a mão no seu queixo e ergui seu rosto, fazendo com que ela me encarasse.

Carol: eu te amo, você é tudo pra mim. é o que eu quero que você saiba. O resto deixa pra lá.

Então agente se beijou. O beijo dela é tão maravilhoso...Acho que já disse isso varias vezes né? Mas não me canso de repetir.

Carol: preparei um café da manha na piscina pra gente.

Sabrina: a meu amor, eu não mereço isso tudo.

Carol: xiu! Anda rápido aí que eu estou de esperando na escada.


Uns cinco minutos depois ela apareceu. Fomos pra piscina de mãos dadas. Ela achou tudo lindo. Nos sentamos e comemos num clima super romântico, com direito a frutinha na boca e tudo mais.
Depois do café, eu arrumei aquela bagunça toda que agente tinha feito. Olhei as horas, eram 10:30.
Sabrina me chamou pra ir ao shopping, agente tinha que comprar algumas coisas que estavam faltando.
Tomamos banho juntas, nos arrumamos e fomos. Chegamos lá e rodamos todas as lojas que puderem pensar. Compramos muitas coisas, e depois fomos pra praça de alimentação. Já era quase duas horas da tarde, eu não tinha muita fome, mas Sabrina já estava faminta.
Fomos comer no Mc Donald's. Refrigerante, batatinha, hambúrguer, sorvete...Tudo completo.
Depois disso fomos embora pra casa. Quando cheguei lá tinha alguém parada na porta, era uma mulher, loira...e parecia, chorar. Nós descemos do carro, e a medida que fomos nos aproximando vimos que era a Paula.


Carol: oi Paula, o que aconteceu?

Paula: Aconteceu uma coisa horrível.

Carol: o que foi? Fala logo.

Paula: a Julia sofreu um acidente.

Carol: Acidente? Quando? Como?

Paula: ela foi me levar em casa. Ela tava bêbada, eu disse pra ela não ir embora, ficar lá comigo. Mas ela teimou e foi. Hoje de manha a mãe dela me ligou chorando, disse que ela sofreu um acidente e está no hospital em coma.


Então a Paula desabou em lagrimas. Eu não sabia o que fazer. Sabrina gentilmente abraçou-a. Ela ficou lá chorando. Eu não sabia o que fazer. A minha amiga, melhor amiga. Eu também estava desesperada.

Carol: em qual hospital ela está?

Paula: o do centro.

Carol: vamos pra lá.


Nós tres entramos no carro e fomos. Chegando lá vi a mãe dela. Abracei-a com força.

Carol: vai dar tudo certo.

Ela não respondeu, apenas fez um aceno com a cabeça. A Paula queria de toda a forma ver ela, e o doutor permitiu. Eu me sentei com a minha princesa na sala de espera, ela encostou sua cabeça no meu ombro.
Eu estava preocupada, muito preocupada e ela sabia disso, então ela segurou firme na minha mão e me olhou nos olhos.

Sabrina: vai dar tudo certo.

Eu apenas dei um pequeno sorriso e selei seus lábios. Voltamos a posição que estávamos antes.
Passamos algumas horas no hospital. Já estava tarde, eu estava cansada, minha princesa também. Nós tínhamos visto a Julia. Era horrível ver a minha amiga ali, deitada, sem reação alguma, cheia de fios passando pelo seu corpo...
Conseguimos arrastar Paula conosco. Ela precisava tomar um banho, dormir, sei lá! Ela estava muito nervosa.
Quando chegamos lá arrumei o quarto de hospedes e emprestei uma roupa a ela. Sabrina preparou um chá, e eu coloquei um calmante nele, senão ela não dormiria. Não demorou e ela apagou.
Ajeitamos ela na cama, e descemos de novo. Já era 19:30, minha princesa se queixou de fome.

Carol: o que você quer comer meu amor?

Sabrina: quero pizza.

Eu não estava com muita fome, então pedi uma pizza menor. Comemos e eu guardei o pedaço que sobrou na geladeira, caso a Paula quisesse comer depois.
Meu amor subiu disse que ia tomar um banho e dormir. Eu fui com ela e fiquei deitada na cama fazendo carinho no seu cabelo até ela dormir. Eu não tinha o minimo sono. Sabia que eu precisava dormir, já que eu tenho trabalho amanha,e provavelmente vou precisar fica o dia inteiro já que a Julia não ia estar lá.
Mas mesmo assim fiquei em frente a TV assistindo varias coisas. Quando deu meia noite resolvi dormir. Tomei um calmante e cai na cama, não demorei dois segundos pra pegar no sono.

Quando acordei e desci o cafe da manha estava pronto como sempre. Rosa já não estava mais lá. Comi tranquila já que havia acordado mais cedo. Então percebi um bilhete, era da Paula.
Ela agradecia por ontem, e disse que tinha ido ao hospital ver a Julia. Senti pena dela, ela parecia realmente gostar daquela destrambelhada.
Bom, eu escrevi um bilhete pra minha princesa me desculpando e falando que provavelmente teria de trabalhar ate tarde hoje.
Terminei meu café e sai. 
Entrar na empresa e não ver a Julia lá é difícil. Mandei chamar Nícolas e minha irmã, hoje iria precisar de bastante ajuda!
Passei algumas instruções a eles, hoje eles trabalhariam comigo. Fui na sala da Julia e peguei vários papeis, coisas que eu precisaria.
Eu tava desanimada. Minha melhor amiga em coma, minha mulher gravida sozinha em casa. Minha vontade era declarar umas ferias coletivas e ir pra casa, mas não posso me dar a esse luxo.
Trabalhei ate 12:00. Eu ia sair pra almoçar rápido e ir embora, então enquanto juntava as minhas coisas pra sair bateram na porta da minha sala. Deve ser o Lucas.

Carol: pode entrar

Sabrina: oi mozinho.

Carol: amor? 

Sabrina: não, a rainha da Inglaterra.

Carol: ¬¬ . Porque você ta aqui?

Sabrina: horas, se você não pode passar a tarde em casa comigo, eu passo a tarde no trabalho com você.

Carol: meu amor não precisa, você tem que descansar.

Sabrina: mas eu vou, vou ficar aqui nessa poltrona super confortável do seu lado te ajudando em tudo o que precisar.

Carol: você é perfeita sabia?

Sabrina: aos seus olhos meu amor.


Cheguei perto dela e nos beijamos. Ficamos um tempo nos beijando até que bateram na porta de novo.

Carol: quem é?

Lucas: é o Lucas.

Carol: pode entrar.

Lucas: olá Carol, Olá Sabrina.

Sabrina: oi querido.

Lucas: vocês ainda vão precisar de mim?

Carol: não Lucas, obrigada, pode ir almoçar.

Lucas: obrigado.

Sabrina: nós também podíamos ir, estou morrendo de fome.

Carol: rsrs claro minha princesa, vamos lá.


Saímos de lá de mãos dadas. Um restaurante novo tinha aberto na rua do escritório. Sugeri que almoçássemos lá, e ela aceitou.
Ao chegarmos fomos muito bem tratadas. Um garçom gentil nos conduziu ate uma mesa e logo trouxe o cardápio.

Garçom: então , o que vão querer?

Carol: eu quero um filé de frango a parmegiana.

Garçom: e a sua amiga?


Nesse momento eu o encarei, e Sabrina também.


Carol: o que a minha ESPOSA pedir, você pode perguntar a ela.

Garçom: esposa? Mas eu pensei que...

Carol: você não é pago pra pensar, mas sim pra fazer. Tá pensando que só porque ela está gravida nós não podemos estar juntas? Chama o gerente pra mim por favor.

Garçom: desculpem-me


Ele saiu super sem graça e foi chamar o gerente. Sabrina achou um exagero, mas eu não. Aquilo pra mim era preconceito sim, e eu não ia deixar passar barato.
Quando o gerente voltou, fiz uma queixa formal do funcionário. Como desculpas, ele disse que nosso almoço sairia grátis. E obviamente trocamos de garçom.
Tirando esse primeiro fato, o nosso almoço foi ótimo.
Voltamos juntas pro escritório. Ela arrastou a poltrona pra perto de mim, e até me ajudou em muitas coisas viu.
Por volta das 18:00 nós saímos da empresa, passamos no hospital pra dar uma força. O medico disse que apesar de ainda estar em coma, o quadro dela estava estável, e ela poderia acordar do coma a qualquer minuto.
Dessa vez a Paula foi pra casa dela mesmo, e a mãe dela também foi. Aquela noite quando chegamos Rosa tinha preparado o nosso jantar. Comemos na sala mesmo vendo TV, como não fazíamos a muito tempo.
Depois tomamos banho juntas e dormimos agarradinhas como todos os dias.

E os dias foram se passando, na verdade se passou um mês....